domingo, 28 de novembro de 2010

Leitura do Evangelho dia 27.nov.2010

15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos actos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)

Neste encontro podemos concluir o quanto é difícil praticar o perdão, seja para perdoar nossos semelhantes ou até perdoar a si próprio. No entanto é preciso praticar, praticar e praticar, através das atitudes, com pensamentos positivos, reconhecendo nossas limitações mas estar consciente de que estamos aqui para evoluir, pois evoluir é compartilhar e aprender uns com os outros dentro dos princípios do Evangelho.

sábado, 27 de novembro de 2010

O homem que veio da sombra - Luiz Gonzaga Pinheiro

Adeus:É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.
Amigo:É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.
Amor ao próximo:É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.
Caridade:É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.
Carinho:É quando a gente não encontra nenhuma palavra parra expressar o que sente e fala com as mâos, colocando o afago em cada dedo.
Ciúme:É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.
Cordialidade:É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.
Doutrinação:É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.
Entendimento:É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.
Evangelho:É um livro que só se lê bem com o coração.
Evolução:É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.
Fé:É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.
Filhos:É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-lá.
Fome:É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.
Inimizade:É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.
Inveja:É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.
Lágrima:É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.
Lealdade:É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.
Mágoa:É um espinho que a gente colocano coração e se esquece de retirar.
Maldade:É quando arrancamos as asas do anjo que deverámos ser.
Netos:É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.
Ódio:É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.
Orgulho:É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.
Paz:É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.
Perdão:É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamis teria.
Perfume:É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.
Pessimismo:É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.
Preguiça:É quando entra vírus na coragem e ela adoece.
Raiva:É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.
Saudade:É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.
Sexo:É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.
Simplicidade:É o comportamento de quem começa a ser sábio.
Sinceridade:É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.
Solidão:É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.
Supérfluo:É quando a nossa sede precisa de um gole de aguá e a gente pede um rio inteiro.
Ternura:É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.
Vaidade:É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.

Luiz Gonzaga Pinheiro é natural de Fortaleza - CE, onde exerce a profissão de professor de Ciências e de Matemática, na rede pública do Estado. É Engenheiro pela Universidade Federal do Ceará e Licenciado em Ciências pela Universidade Estadual do Ceará. Informação da Editora EME.