quinta-feira, 24 de março de 2011

O Envolver e Desenvolver nas Relações Familiares.

O que é Envolver; abarcar; abranger; conter; trazer como conseqüência; implicar; dominar cativar; seduzir e comprometer-se.
Desenvolver; fazer crescer; progredir.

Para desenvolver precisamos primeiramente nos envolver. Ex: a semente é envolvida pela terra com seus nutrientes e ela se desenvolve e cresce, vira uma árvore que nos oferecerá novas sementes. As sementes que não se desenvolve morrem.
 Para nos envolver precisamos nos amar, assim como; Amar o próximo como a ti mesmo. O amor esta na naturalidade da vida de cada um, é uma capacidade a ser desenvolvida, como a inteligência.
No evangelho o mandamento “ Honrai a vossa pai e a vossa mãe é uma conseqüência da lei geral de caridade e de amor ao próximo, porque não se  pode amar o próximo sem amar pai e mãe, é preciso acrescentar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o q implica obrigação de cumprir para com eles o que a caridade manda para com o próximo...”.
O termo honrar, no entanto, amplia o dever para com os
pais, levando-o para a piedade filial. Deus quis demonstrar, assim,
que ao amor se deve juntar o respeito, a estima, a submissão e a
concordância espontânea. Isso tudo implica a obrigação de cumprir
para com os pais, de uma maneira mais completa, tudo o que a
caridade manda seja feita ao próximo.
A função primordial da família é a COLABORAÇÃO, esta função nos convida a colaborar como o outro no seu processo de evolução. Cada um elabora o seu próprio processo e colabora com o outro.
A relação conjugal será a mais difícil de exercitar o amor, porque é a única, no seio da família, q começa voluntariamente e se mantém voluntaria . É a única relação q podemos manter ou não.
Atualmente parece q as famílias estão cada vez mais em estreitos relacionamentos, estão unidos pela afeição (apropriação), espíritos afins q se unem para aperfeiçoar-se e ajudar na evolução de espíritos antipáticos, em alguns casos, estes aliciados, pela alienação (desapropriação) servir de prova para alguns ou como meio de aperfeiçoamento para outros.
Às vezes pensamos q estamos nos envolvendo em família, com a nossa vida e no fundo estamos apegados a eles e as coisas q nos cercam. No apego ficamos preso nas “culpas e desculpas” e não saímos do lugar. No apego não queremos correr o risco de perder. Não fazemos trocas. Neste caso ocorre a tendência de depender do outro para sobreviver.
Apego é dedicar-se, agarrar-se em afeições.
Dependência é subordinação e sujeição. Ambos estão interligados nos relacionamentos. Precisamos nos conscientizar qto a esta convivência,pois conviver é ter vida em comum, familiaridade, trocar experiências com os demais.

QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS
5. E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de
tal maneira que nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus
ouviram isto, saíram para o prender, porque diziam: Está fora de si. –
Chegaram então seus irmãos e sua mãe. E estando fora, mandaram no
chamar. E a multidão estava assentada ao redor dele e disseram lhe:
Eis que a tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. E
Jesus lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? –
E olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, Jesus
disse: Eis aqui a minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer um
que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe. (Marcos, capítulo 3, versículos 20, 21 e 31 a 35.) (Mateus,
capítulo 12, versículos 46 a 50.)
Certas palavras parecem estranhas nos lábios de Jesus.
Contrastam com a sua bondade e inalterável benevolência para com
todos.
Ele não poderia, pois, destruir de um lado o
que construía do outro. Por isso é necessário tirar uma conseqüência
rigorosa de suas ações e de seus preceitos: se certas afirmativas de
Jesus estão em contradição com o princípio do amor e da caridade,
é que as palavras que lhe foram atribuídas ou estão mal reproduzidas,
mal compreendidas, ou não são dele.
O fato é
que eles acolhiam Jesus mais como um estranho do que como um
irmão, quando Jesus se apresentava à família e, por isso, João, o
Evangelista, diz, positivamente: “que nem mesmo os seus irmãos
acreditavam nele”. (João, capítulo 7, versículo 5.)
Quanto à sua mãe, ninguém ousaria contestar a sua ternura
para com o seu Filho. É, porém, necessário convir, também, que
ela não parece ter feito uma idéia muito justa da missão de Jesus. É
que não se vê Maria seguindo os seus ensinamentos, nem dando
testemunho de Jesus, como fez João Batista. A solicitude maternal
era, nela, o sentimento dominante.
No cap onde Jesus questiona “quem é mina mãe e quem são meus irmãos”... neste contexto ele não esta renegando sua mãe e nem seus irmãos, eles não tinha uma idéia justa de sua missão,onde sentiam a necessidade do apego com Jesus e este pelo desapego... Jesus não negligenciou nenhuma ocasião de dar um ensinamento; tomou pois, a que lhe oferecia a chegada de sua família para estabelecer a diferença q existe entre o parentesco corporal e o parentesco espiritual...”
O PARENTESCO CORPORAL E O
PARENTESCO ESPIRITUAL
Os espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo
como parentes próximos, são, o mais freqüentemente, espíritos
simpáticos entre si, unidos pelas relações anteriores que se revelam
por suas afeições recíprocas durante a vida terrena. Mas pode
acontecer que esses espíritos sejam completamente estranhos uns
aos outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se
expressam também pelo seu antagonismo na Terra, para lhes servir
de provações.
Os verdadeiros laços de família não são aqueles formados
pela consangüinidade. São os que nascem da afinidade e da
comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos antes, durante
e após a sua encarnação. Por esta razão é que dois seres nascidos de
pais diferentes podem ser mais irmãos pelo espírito do que se fossem
irmãos de sangue. Eles podem atrair-se, procuram-se, tornam-se
amigos, enquanto que dois irmãos consangüíneos podem se repelir,
assim como vemos todos os dias.

A questão envolver e desenvolver é muito complexa e extensa. Com ela está relacionado, ainda, o fato de estarmos mais humanizados. Mas o q é estar humanizado. A pessoa humanizada é humilde e paciente, sabe pedir doar e receber. Sem sentir em divida com alguém ou q alguém a deva (devedor – deve a dor). Assim ficamos prepados para amar e ser amado, sem inveja e sem vaidade,simplesmente prontos para vida.
A dor é inevitável, mas o sofrimento é optativo, no entanto para o individuo deixar de sofrer ele dependera de mudanças, determinação e força de vontade própria. Gerando independência psíquica. Todos dependemos de outros para sobreviver, interagindo-nos de forma construtiva, porém o q não podemos é ficar dependente dos outros para resolvermos nossa vida. A dependência leva ao apego e este a submissão e conseqüentemente á anulação da própria vida.
Em nosso cotidiano a dependência gera relações de extrema perturbação onde sentimentos de falso-poder predomina nestas relações. Na verdade são jogos de pseudo poder, nos quais estão presentes a onipotência, a prepotência e a impotência.
A onipotência é o movimento pelo qual pensa q tem um super poder, em família dará origem  ao super pai,super mãe, super irmão... a pessoa acha q tem um poder maior q o normal, por isso tem uma tendência de querer fazer as escolhas e viver a vida pelo o outro, evitando q a outra passe pelas experiências.
A onipotência sempre anda junto com a prepotência, q é o poder de coerção,no qual se usa a força sobre o outro, q é subjugado.
A onipotência é o movimento no qual a pessoa pensa da seguinte forma: “ eu sou melhor, eu penso melhor...”. por isso só é possível exercermos a onipotência através da prepotência, na qual coagimos o outro a se curvar ao nosso poder, seja através de uma coerção física, ou mental.
Todo o movimento de onipotência e prepotência, cedo ou tarde, gerará a impotência, porque não é possível, verdadeiramente subjugar o outro, pois fomos criados por DEUS para sermos livres. O q caracteriza a impotência é uma suposta incapacidade de exercer o poder, por que a pessoa acredita q tinha um super poder – o de mudar o outro-mas,como esse poder não é real,ela começa achar q não é capaz de exercer poder algum. Se julgar incapaz de qualquer atividade q possa atuar na vida do outro.
Elas não vêem os outros como ser humano q é dotado de qualidades e defeitos, boas e más intenções e q pode ser construído uma relação q vai crescer, prosperar e desenvolver. Pode até  não ser uma relação duradoura, mas qdo há envolvimento as pessoas saem mais inteiras e não despedaçadas. Qto casos de término de namoro em q pelos menos um deprime por anos ou q sente raiva, tem rancor guardados por tempos a fio. Esses casos são de pessoas q não envolveram e não saíram das relações inteiros.
A questão envolver e desenvolver é muito complexa e extensa. Com ela está relacionado, ainda, o fato de estarmos mais humanizados. Mas o q é estar humanizado. A pessoa humanizada é humilde e paciente, sabe pedir doar e receber. Sem sentir em divida com alguém ou q alguém a deva (devedor – deve a dor). Assim ficamos prepados para amar e ser amado, sem inveja e sem vaidade,simplesmente prontos para vida.
Foi este princípio de parentesco espiritual que Jesus quis fazer
compreender existir, quando disse a seus discípulos: “Eis aí minha
mãe e meus irmãos”, o que quer dizer: Esta é a minha família pelos
laços do espírito, porque “qualquer um que faça a vontade de meu
Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

QUANDO ENTRAMOS NUM MOVIMENTO DE NOS OBRIGAR A AMAR, DESENVOLVEREMOS, O PSEUDO-AMOR.

...”Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve...”Mateus. Cap. 11 -28 a 30.
Para que haja essa suavidade e leveza é preciso transformar crenças arraigadas de que temos obrigação de aturar. Não é por obrigação que exercitemos o amor. É por conscientização, onde vai fazer que haja suavidade e leveza na convivência.

A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE
FAMÍLIA
9. A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Ela
revolta sempre os corações honestos. Mas a ingratidão dos filhos
para com os pais tem características ainda mais dolorosas.
É deste ponto de vista, mais especialmente, que vamos analisar
as causas e os efeitos da ingratidão dos filhos. Nisto, como em
outras questões morais, o Espiritismo vem lançar a luz sobre um
dos problemas do coração humano.
Quando o Espírito deixa o seu corpo terreno, leva consigo as
suas paixões ou as suas virtudes, inerentes à sua natureza. Vai ao
mundo espiritual aperfeiçoar-se ou permanece estacionado em seu
estágio evolutivo até que deseje se iluminar.
Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de
vingança muito vivos. Entre estes, alguns são mais avançados, o
que lhes permitirá entrever uma partícula da verdade no mundo
dos Espíritos. Reconhecem, então, os funestos efeitos de suas paixões
e são induzidos a tomar boas resoluções. Compreendem que, para
chegarem a Deus, só existe um caminho: a caridade. Ora, não há
caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias; não há caridade
com ódio no coração e sem perdão.
É então que, por um grande esforço, eles voltam o seu olhar
para aqueles a quem detestaram sobre a Terra. Mas, ao vê-los, a sua
inimizade desperta. Eles se revoltam contra a idéia de perdoá-los e,
ainda mais, de renunciar a si mesmos. Rejeitam a idéia de amar
aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família.
263
CAPÍTULO XIV
Apesar disso, o coração desses infortunados estará abalado.
Eles hesitam, vacilam, sacudidos por sentimentos que conflitam
entre o amor e o ódio, o perdão e o esquecimento. Se neles a boa
resolução predominar, pedem a Deus, imploram aos bons Espíritos
que lhes dêem força no momento mais decisivo da prova.
Enfim, depois de alguns anos de meditação e preces, um desses
espíritos se aproveita de uma gestação que está para iniciar-se na família
daquele a quem ele detestou, e pede aos Espíritos encarregados da
Justiça Divina permissão para ocupar aquele corpo, prestes a formarse,
a fim de cumprir o seu destino.
Qual será, então, a sua conduta nessa família?
A conduta dependerá de maior ou menor persistência de suas
boas resoluções. O contato incessante com os seres que ele odiou é
uma provação dolorosa, sob a qual ele sucumbirá se a sua vontade
não for bastante forte. Assim, segundo a boa ou má resolução que
prevaleça, ele será um amigo ou um inimigo daqueles entre os quais
lhe foi dado viver.
Quando trazemos uma experiência de convívio assim, com um inimigo do passado, não é possível – com raras exceções – desenvolver um amor profundo, porém já é perfeitamente possível não odiar mais.**
Muitas vezes o ódio acontece entre pai e filho, outras vezes entre irmãos, ás vezes é o filho que odeia a mãe, ou odeia o pai. Tudo isso gera esses contrastes da vida familiar. Irmãos que odeia um ao outro a ponto de quererem se matar, ás vezes, chegando a vias de fato. Pais que odeiam filhos a ponto de maltratá-los, de espancá-los. Filhos que odeiam os pais e até os matam. Um ódio imenso que tem uma razão de ser. Aquele ódio não surgiu ali. Não é por causa da família que existe o ódio, como até alguns psicólogos e psiquiatras afirmam de maneira simplória. A família é o ambiente onde DEUS reúne as pessoas para que se libertem do ódio. Não é para manter. É para LIBERTAÇÃO.**

O texto acima nos foi enviado pela equipe C.E Jesus é o Caminho.
A todos nosso muito obrigado!!!


Outras fontes:
 
Planejamento familiar sob a ótica espírita: http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=102

Nenhum comentário:

Postar um comentário